Dos criadores do horroroso Uma Comédia Nada Romântica, um dos piores filmes de 2006, vem um dos piores de 2007. Exemplar ridículo do mais que desgastado gênero sátira-a-filmes-de-sucesso, a produção apela o tempo todo para cenas de puro mau-gosto, como a alusão a X-Men em uma cena de sexo, ou tudo que envolva A Fantástica Fábrica De Chocolate.
Encontros e Desencontros (Lost in Translation, 2003)
Tão aclamado por onde passou, o longa de Sofia Coppola é simplesmente uma obra-prima, integrante na lista dos meus preferidos dos últimos anos. Um romance incomum, um amor que nasce da necessidade de atenção numa terra de estranhos, entre um casal tão diferente na idade e tão igual em tantas coisas, que me ganhou de primeira, logo no momento em que aparece o título, quase que escrito nas costas de Scarlett Johansson. Além de possuir uma das cenas que mais me emocionaram: o abraço e as últimas palavras de Bob para Charlotte.
O Invasor (idem, 2001)
Cinema fervente, urbano, de um Beto Brant seis anos antes de Cão sem Dono, e consciente do que é preciso ser feito. O diretor transforma seus personagens em figuras asquerosas e ao mesmo tempo fascinantes através do tratamento que a câmera trêmula dá a eles. Show do elenco, especialmente de Paulo Miklos, no papel do matador Anísio.
Os Invasores de Corpos (Body Snatchers, 1993)
Abel Ferrara acertou a mão ao entregar uma obra que além de ser um grande suspense, dialoga, durante toda sua duração, com a mente do espectador. Queria escrever um texto maior sobre ele, mas a falta de tempo não me deixa no momento. A cena final, com a imagem sumindo e a voz ecoando ("Where you gonna run? Where you gonna hide?"), é devastadora.
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