O Ultimato Bourne

The Bourne Ultimatum, de Paul Greengrass


É incrível o salto de reconhecimento que a Trilogia Bourne deu nos últimos anos. De apenas um ótimo exemplar do cinema de espionagem (A Identidade Bourne bebia incessantemente da fonte dos thrillers policiais dos anos 70) a influência para outras produções (007 - Cassino Royale transforma James Bond em um agente muito mais humano graças a A Supremacia Bourne), a saga de Jason Bourne, embora mantenha certo equilíbrio entre os três capítulos, ganhou bastante com Paul Greengrass no comando. E no encerramento da série, Greengrass além de preservar a estética e os movimentos de câmera do segundo longa, é ajudado por um roteiro eficiente (uma das marcas da série), e faz com que o espectador nunca se perca, apesar do excesso de informações e locações. A cena de perseguição automobilística de novo se faz presente, dessa vez um pouco diferente. A cena final é linda, e consegue ao mesmo tempo estabelecer uma rima poética e homenagear o primeiro plano da trilogia. Desde já um dos melhores do ano, O Ultimato Bourne não é nem exemplar nem influência; é referência no gênero.