Juno

Juno, de Jason Reitman

Sensível, doce, leve. Qualquer desses adjetivos se encaixam muito bem ao representante indie entre os indicados ao último Oscar. A menina que fica grávida de um amigo da escola é uma personagem mais comum ao nosso dia-a-dia do que supomos, e tudo é mostrado de forma extremamente competente pelo roteiro da ex-stripper Diablo Cody, que usa e abusa de diálogos rápidos, numa dinâmica que o diretor Reitman consegue impor com muita segurança. Não faltam exemplos de seqüências deliciosas, mas uma é realmente tocante: a discussão entre Juno e Bleeker sobre a companheira dele no baile de formatura. Uma pequena fatia do longa, que consegue resumir toda a suavidade que é mostrada durante toda a projeção. Tudo isso ajudado por um elenco bastante seguro (destaque, como não poderia deixar de ser, para Michael Cera e principalmente Ellen Page), e por uma ótima trilha sonora, transforma Juno em um dos grandes filmes lançados no Brasil nesse início de 2008.