Últimos filmes assistidos #06

Monty Python: Em Busca do Cálice Sagrado (Monty Python and the Holy Grail, 1975)
Esse foi o primeiro filme do Monty Python que eu tive o prazer de assistir. Por falta de chance, ou mesmo de um pouco de interesse, a verdade é que eu nunca tivera contato com o célebre grupo de comediantes antes. Em Busca do Cálice Sagrado é uma bela comédia, com uns momentos bem inspirados, pastelão que não se faz mais, orquestrado pelo ótimo Terry Gilliam, que também fez parte do grupo. Não é "o filme mais engraçado de todos os tempos", como dizem de vez em quando, mas é muito gostoso. Ni!

Cabana do Inferno (Cabin Fever, 2002)
Eli Roth começa a chamar atenção dos amantes do horror nesse "suspense gore", sem seqüências de sustos, mas com muito sangue, pus, e membros. Uma estréia promissora do diretor que causaria polêmica com O Albergue, e que é de certa forma uma homenagem ao clássico Evil Dead, de Sam Raimi. Não tem o mesmo charme, mas diverte bastante.

O Albergue - Parte II (Hostel: Part II, 2007)
Se em Cabana do Inferno e O Albergue, Eli Roth divertia com o sangue jorrando e seqüências bem nojentas, em O Albergue II ele não consegue repetir o feito. Repleto de momentos constrangedores, nada se salva nesta seqüência do ótimo filme de 2005, nem mesmo as mortes, quesito no qual Roth já provou dar conta do recado. A trama batida, quase uma repetição do filme anterior, com o tradicional final surpresa, chega a dar ódio.

Hércules (Hercules, 1997)
É bem verdade que eu tenho uma grande simpatia pelas animações Disney, então fica mais fácil eu gostar de cada um dos filmes, visto que eu já os assisto querendo gostar. Mas a década de 90 foi excelentes para o estúdio, e eu não preciso querer gostar pra gostar: a maioria dos desenhos que a Disney lançou na década de 90 são ótimos, e Hércules não foge à regra, e possui todos os atributos que marcaram as produções mais famosas do estúdio: uma história conhecida mundialmente, belas canções, um par romântico, e tudo a que mais tiver direito. Não chega aos pés de A Bela e a Fera ou O Rei Leão, mas não precisa de tanto pra ser muito bom.

Gatão de Meia Idade (idem, 2006)
Se não fosse pela atuação bem-humorada de Alexandre Borges, quase nada se salvaria nessa adaptação para as telas (feita no piloto-automático) das famosas tiras do cartunista Miguel Paiva. As desventuras amorosas do quarentão em conflito Cláudio são exibidas sem provocar muita coisa no espectador. Nem graça, nem raiva, o filme passa e não faz esforço algum pra conseguir a atenção de quem o está assistindo. Não chega a ser uma bomba, aliás, graças ao trabalho de Borges, está longe disso, mas é dispensável.

Os Anjos Exterminadores (Les Anges Exterminateurs, 2006)
Uma reflexão sobre seu passado recente? Um estudo sobre si? Independente de qual tenha sido sua real intenção, a verdade é que ao tentar (e)levar o "sexo no cinema" a outra forma de visão por parte dele e do espectador, Jean-Claude Brisseau concebeu uma obra forte, impactante, mas ao mesmo tempo poética, e que dialoga à distância com o excelente O Pornógrafo, filmado em 2001 por Bertrand Bonello.

Homem de Ferro (Iron Man, 2008)
Em sua primeira incursão solo no cinema, a Marvel acertou em cheio em sua escolhas improváveis, o diretor Jon Favreau, e o astro Robert Downey Jr. como o protagonista Tony Stark. Favreau dá uma cara bem HQ à adaptação, leve, mas imponente, segura, com ótimas cenas de ação, e ao mesmo tempo um bom arco dramático apontado pelo roteiro e conduzido pelo diretor. E Downey Jr. transforma Stark em um dos melhores protagonistas das adaptações Marvel, talvez por ter sido um dos atores mais talentosos a interpretar um. O ano começa bem para os super-heróis.