Duas conclusões podem ser tiradas a partir de Apenas Uma Vez. A primeira, de que os musicais não precisam ser repletos de números de dança, figurinos escalafobéticos ou luzes escandalosas, traços que estão presentes na maioria dos musicais desses anos 2000 (da obra-prima máxima do gênero Moulin Rouge, ao inchado Dreamgirls): os musicais precisam apenas de canções. E isso o longa de John Carney tem, e de sobra. São quase vinte músicas executadas em menos de 85 minutos, a maioria delas bem bonitas, e todas servindo à história. A outra conclusão é a de que os melhores romances dos últimos anos foram concebidos sem beijos e cenas mais quentes. Ao lado de Encontros e Desencontros e Antes do Pôr-do-Sol, Apenas Uma Vez é um dos filmes que melhor representa como é triste conhecer e amar alguém que não se pode ter. A única coisa que nos resta fazer quando "Falling Slowly" (canção vencedora do Oscar) é executada pela última vez é abrir um sorriso e segurar as lágrimas. Uma grande experiência, um filme que certamente merecia ser mais visto e comentado.
1 comment:
É de passar o filme inteiro com nó na garganta!! Lindo demais!
PS.: Moulin Rouge é meu preferido ever (junto com Notting Hill e Moonrise Kingdom), e preciso ver Dreamgirls ASAP!!
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