
Sei lá, estava tudo lá, George Romero, zumbis, a crítica social, mas dessa vez não me pegou. A geração You Tube mostrada pelo diretor não tem a mesma força nem o impacto dramático das alegorias políticas de outros filmes seus, como Dia dos mortos e a obra-prima Terra dos mortos. Talvez o elenco tenebroso tenha contribuido para o insucesso da produção. O mais certo é que após as contundentes críticas ao registro feitas por [Rec], Cloverfield e A Bruxa de Blair, Romero parece ter ido na onda, mas fez um filme descartável.
Dia dos namorados macabro (My bloody valentine, Patrick Lussier, 2009)

O pior filme de 2009 até o momento, sem sombra de dúvida. Eu pensei que a onda de fitas de terror adolescente, com assassinos fantasiados e meninas que morrem depois de transarem tinha acabado, mas Lussier mostra uma nova e horrorosa faceta do subgênero que já nos deu tantas alegrias com filmes como Sexta-feira 13 e Pânico: o de mortes em 3 dimensões, com mandíbulas arremessadas à platéia e sangue saindo da tela. É só isso: sem história, sem cérebro.
Noivas em guerra (Bride wars, Gary Winick, 2009)

Mero veículo para a imagem de Kate Hudson e Anne Hattaway, que já provaram ser boas atrizes em outras produções, mas que aqui atuam no piloto automático, a história das amigas de infância que por um "terrível" engano têm seus casamentos marcados para a a mesma data no mesmo lugar é terrivelmente contada. As piadas previsíveis, os casaizinhos bobocas e o final ridículo (acaba tudo como todos os fracassos do gênero) provavelmente legarão Noivas em guerra para sempre a Sessões da Tarde.
Deus e o diabo na terra do sol (idem, Glauber Rocha, 1964)

O que falar do melhor filme brasileiro de todos os tempos, e um dos melhores filmes da década de 60? Deus e o diabo é um desses filmes sensoriais, onde palavras nunca são o bastante, como as obras-primas de Kubrick e Leone. Um sertão terrivelmente real e incrivelmente fantástico, personagens imortais e Othon Bastos. Obrigado, Glauber.
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