
Besouro, João Daniel Tikhomiroff, 2009

O filme de estréia do publicitário Tikhomiroff até causou um pequeno mas real rebuliço antes de sua estréia, por diversos motivos: era um filme sobre a capoeira, uma biografia sobre o lendário Besouro Mangangá, um filme de luta "Made in Brazil". Mas o que explica então o fato de o longa ter sido esquecido após sua estréia? A resposta é simples: Besouro é ruim de dar dó.
Além de um elenco fraquíssimo repleto de caras novas, e um roteiro escrito por Patrícia Andrade que de tão fraco chega a dar vontade de rir (chega ao ponto de utilizar as falas mais clichês dos filmes de ação, como "Você sempre teve inveja de mim"), o filme investe na religiosidade e nos elementos sobrenaturais, uma questão que enfraquece a narrativa e compromete o resultado. As diversas aparições dos orixás, com uma narração que dá explicações e tudo mais, tiram o foco da luta do capoeirista mais famoso do Recôncavo Baiano, e criam uma barriga que arrasta e leva a narrativa por um caminho indesejado.
A direção de Tikhomiroff é irregular, e os ângulos diferentes, as tomadas aéreas, mostram que o diretor acreditava que a sua história era grandiosa demais, e precisava ser contada com toda pompa, mas no fim parece tudo de muito mal gosto. Talvez, se Besouro se assumisse como um filme menor, pudesse até ser uma diversão interessante. Do jeito que ficou, é só uma grande bobagem pretensiosa.
1 comment:
é chato mesmo, e nao mostra muito o que Besouro fez de tão importante
parece um blockbuster americano só com visual e sem conteudo e atores
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