Guerreiro

Grande surpresa vinda do praticamente desconhecido cineasta Gavin O'Connor. Seu filme, que aparentava ser apenas um oportunista retrato do MMA, esporte tão na moda atualmente, se revela ao longo de seus 140 minutos como um dos dramas de esporte mais marcantes dos últimos anos. Assim como David O. russell no excelente O Vencedor, O'Connor, responsável também pelo roteiro ao lado de Anthony Tambakis e Cliff Dorfman, não se esquiva dos clichês. Pelo contrário, entende que alguns lugares-comuns são, em certos casos, essenciais para o sucesso do gênero. Assim, lança tudo na trama de uma vez só (a família rompida por um passado doloroso, os diálogos expositivos, o exorcismo das mágoas no ringue), e apenas espera, com sua câmera belamente posicionada e uma competente fotografia, que o bom elenco (com um Tom Hardy em estado de graça) confira peso à história nas telas.

Warrior, Gavin O'Connor, 2011