Up in the Air, Jason Reitman, 2009
Reitman é um bom diretor. Juno é excelente. Ele está se especializando em fazer comédias com cara de filmes menores que aprontam no Oscar. Esse aqui é mais um, e tem todos os ingredientes: diálogos inspirados, personagens que falam rápido e pensam rápido, de tal forma que é até difícil acreditar que alguém consegue pensar e responder de modo tão veloz. Mas Amor Sem Escalas não é tão legal assim, e em momento algum justifica a atenção que anda recebendo.
É bem verdade que o elenco é bom, e também que os diálogos, principalmente entre os personagens de George Clooney e da engraçadinha Anna Kendrick são até bem escritos, mas do jeito que ficou parece tudo esquemático demais. O terceiro ato é fraco e soa bastante articial. Os clichês (o discurso de Ryan para o confuso Jim, a última palestra) são irritantes e freqüentes. O consultor Ryan estava bem mais divertido na primeira metade do longa, antes da velha mania que os roteiros têm de acabar com o cinismo no terceiro ato e amolecer o coração do protagonista, nos lembrando das lições e da moral da história, independente do final, feliz ou não. Poxa, ele é um profissional que trabalha viajando pelo país para demitir pessoas, e é muito bom ele não se importar com isso. Ossos do ofício, não é? Em Amor Sem Escalas não é bem assim. Um pouco de cara de pau e falta de sentimentos de vez em quando não faz mal. Ao Cinema, faz até muito bem.
2 comments:
é.até faz sentido sua bronca
mas adoro o filme e o elenco.e acho que merece toda a tenção sim
meu maior problema com esse roteiro é que acho que a familia dele é descartada de repente do filme
acho que voce teria gostado mais se não fosse tanta badalação..e gosto igual a de juno, nem sei qual acho melhor
4 estrelas....nota 8,5
Bem, eu gosto muito de "Juno", mas esse aqui realmente não me desceu. A família dele é toda inútil à trama na minha opinião. Ter começado a dar importância a ela do nada é que mais me irritou.
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