Sunday, March 20, 2011

Passe Livre

Hall Pass, Peter Farrelly e Bobby Farrelly, 2011 

Não sei quanto a vocês, mas para mim é sempre bom ver diretores pisando em terreno conhecido e fazendo filmes do jeito que eles sabem fazer, mesmo quando sabemos que eles se saem bem também em outros tipos de filmes. O caso dos Farrelly é ainda mais gritante: eles não sabem fazer outro tipo de filme que não seja aquela comédia escrachadas, o que pode ser percebido nas vezes em que eles tentaram se embrenhar por caminhos mais românticos (O Amor é Cego e Antes Só do que Mal Casado, por exemplo, que só funcionam quanto apostam em gags visuais ou seqüências escatológicas, o forte dos diretores). Portanto, assistir a Passe Livre foi uma experiência reconfortante para aqueles que achavam que não veriam mais filmes na linha dos primeiros trabalhos dos cineastas. A trama, absurda por si só, já reflete o retorno à boa forma: dois quarentões, após brigas com suas esposas, recebem das mesmas o tal "passe livre", ou seja uma folga de uma semana do casamento, em que eles poderiam fazer qualquer coisa sem cobrança, antes de retomarem o casamento. As situações absurdas explicitam a importância da dupla de cineastas no estilo de comédia que ficaria famoso e seria respeitado nas mãos de diretores como Todd Phillips e Judd Apatow. O elenco também é um achado: da dupla formada por Owen Wilson e Jason Sudeikis, passando pelas esposas Jenna Fishcer (mostrando que tem muita coisa a mostrar fora da grande The Office) e Christina Applegate, tudo se encaixa muito bem. E quando parece que não pode mais melhorar, o desfecho é uma graça, romântico na medida certa, sem ser piegas como O Amor é Cego ou Amor em Jogo, e bem humorado ao mesmo tempo. Que coisa boa. Não é Débi & Lóide, mas já serve como um grande fio de esperança.

2 comments:

joão said...

bom..to pensando muito em ver, mas nao gosto muito de debi e loide..adoro quem vai ficar com mary..se eu conferir falo depois

Pedacinho said...

Veja sim, é muito bom!