Tuesday, January 01, 2013

Top 5: as maiores surpresas de 2012

Bem, hoje começo a publicar as tradicionais listas de fim de ano. O primeiro top a aparecer por aqui diz respeito às grandes surpresas que pintaram por aqui nesse ano que passou. A ordem, portanto, não diz respeito ao melhores mas aos que foram mais além das expectativas.

5. Jogos Vorazes, de Gary Ross
Após o fim da série Harry Potter e a reta final da "saga" Crepúsculo, a Indústria sentia a necessidade de mais uma franquia infanto-juvenil para encher seus cofres. Um dos resultados foi esse ótimo The Hunger Games, em que Ross (roteirista de Quero Ser Grande e diretor de Pleasantville) entendeu que o público jovem também pode (e deve) ser alertado por mensagens de pessimismo enquanto costura uma trama de ação futurista das boas.


4. Projeto X - Uma Festa Fora de Controle, de Nima Nourizadeh e Poder Sem Limites, de Josh Trank
Dois dos melhores filmes rodados em câmera subjetiva dos últimos tempos lançam olhares sobre a adolescência, sobre enfoques completamente diferentes. Enquanto o primeiro é uma espécie de Se Beber Não Case! com moleques, o segundo é um apaixonado filme de super-herói.

3. Katy Perry: Part of Me, de Dan Cutforth e Jane Lipsitz
Documentários que abordam a carreira de algum astro dificilmente fogem da linha narrativa que se inicia na infância do retratado, mostrando o florescer do talento, a adolescência, as dificuldades na carreira, a persistência, a personalidade forte e breves capítulos que abordam os álbuns e com Katy Perry não é diferente. Aos 27 anos e com três álbuns lançados, a vida da cantora pop não gera material suficiente para mais do que 90 minutos de filme, o que (para um documentário) dá uma impressão de produção oportunista de tiro curto, mas que em alguns momentos acerta em cheio.

2. A Escolha Perfeita, de Jason Moore
Uma das comédias mais interessantes de 2012, que afirma Rebel Wilson como uma das atrizes mais engraçadas da atualidade e deixa Moore e a roteirista Kay Cannon à vontade para destilar um humor bonitinho, mas por vezes escatologicamente surpreendente.

1. Looper: Assassinos do Futuro, de Rian Johnson
Ao término da sessão de Looper, eu pensei que "esse tal de Rian Johnson deve ser um fã incondicional de ficção científica". O pensamento em questão não é nem devido às qualidades de seu terceiro longa-metragem, mas porque o roteiro escrito pelo próprio cineasta abraça sem pudor quase todas as convenções que o gênero abordou nos últimos 35 anos. A direção de arte de Ed Verreaux e a fotografia de Steve Yedlin se mostram influenciadas por filmes como Presságio e A Origem ao adotarem um tom mais sóbrio e ao amansarem as extravagâncias narrativas de Johnson, que sem dúvida são os grandes destaques por aqui. O cineasta mostra coragem ao deixar seu filme se explicar menos que as ficções de Alex Proyas e Christopher Nolan e competência ao não permitir que, apesar de lançar mão de tanta informação, a obra saia de seu controle. Aliás, é do diretor  um dos melhores exemplos de mise-en-scène e timing de 2012, em uma seqüência envolvendo um agente e um menino na sala de uma casa.

2 comments:

joão said...

adoro Jogos vorazes, não gosto de looper e não vi os outros

Raquel Raposo said...

Katy Perry eu já sabia que entraria! Também adoro Jogos Vorazes e gostei bastante do Looper.