Thursday, January 01, 2015

Top 5: Os filmes mais superestimados de 2014

5. X-Men: Dias de um Futuro Esquecido, de Bryan Singer
Singer sacrifica o desenvolvimento dos personagens e dos dramas que margeiam a trama (os pontos mais fortes da franquia), para em vez disso nos obrigar a dar adeus a ELE, à SUA série e aos heróis que ELE transpôs para a película, em um exercício que exibe um ego bem grande, e pior, ignorância em relação aos fãs mais antigos.

4. Ninfomaníaca - Volumes 1 e 2, de Lars von Trier
Para um filme que foi alardeado como o mais transgressor da carreira do dinamarquês, é decepcionante notar a forma moralista como Ninfomaníaca vai desenhando sua protagonista. O lado esteta de von Trier aposta em simbolismos e metáforas, que sempre desmoronam quando o projeto confunde sexualidade e insolência religiosa.

3. Relatos Selvagens, de Damián Szifrón
O sucesso estrondoso de público na Argentina, o nome de Pedro Almodóvar na Produção, a meia dúzia de críticas efusivas e a campanha para a indicação ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro não esconde o que Relatos Selvagens é na verdade: um amontoado de boas ideias que geraram boas histórias. Apenas.

2. Trapaça, de David O. Russell
Russell tenta sem sucesso emular os filmes de gângster de Scorsese, enfiando tudo em uma embalagem pop e metida a engraçada, em um filme que jamais passa do terreno da superficialidade. O ótimo elenco e a direção de arte inspirada mascaram a experiência irregular que Trapaça representa.

1. Interestelar, de Christopher Nolan
Um longa com a assinatura de Nolan, e que por ser ainda mais megalomaníaco do que seus últimos trabalhos, comete os mesmos erros em uma escala muito maior. Matthew McConaughey chora o tempo todo, grande parte do elenco estelar (Jessica Chastain, John Lithgow, Ellen Burstyn, Casey Affleck, Topher Grace) é subaproveitado. As tentativas de ser reconhecido como homenagem a 2001: Uma Odisseia no Espaço (um robô em forma de monolito? Sério?), com uma roupagem à la Campo dos Sonhos também atrapalha, Além, é claro, da desculpa esfarrapada de usar o relacionamento da personagem de Anne Hathaway com um astronauta para encobrir o furo gigantesco de um roteiro que não faria falta se tivesse entrado por um buraco de minhoca e precisasse ser reescrito.

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