Independente da mídia (quadrinhos, música, televisão, livros, cinema), existem obras que participam ativamente da formação pop de qualquer moleque. Outras têm papel fundamental. No meu caso, como muitas pessoas nascidas no fim dos anos 80, a trilogia Pânico foi determinante na minha vida cinéfila.
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Quando assisti ao primeiro filme, lá pelos idos de 97, eu lembro que fiquei fascinado. Tanto sangue, correira, e vozes graves ao telefone me assustavam, mas ao mesmo tempo em que eu pensava "nunca mais vejo isso de novo", eu achava até engraçado o modo como eles brincavam com os clássicos, muitos dos quais eu não tinha assistido, e como eles faziam exatamente a mesma coisa que as vítimas clichês desse tipo de filme. Torci desesperadamente pela heroína Sidney ("Pai, essa garota tem nome de homem"), e não acreditei ao descobrir a identidade do(s) assassino(s).
Foi amor à primeira vista.
O segundo filme foi esperado ansiosamente por aquele menino gordinho que não tinha idade pra ver filmes de terror no cinema e que, na era pré-torrent, não tinha outra opção a não ser esperar pelo lançamento em vídeo. Lembro de ter visto Pânico 2 em uma sexta-feira à tarde. Sozinho em casa depois da escola, mais sangue, mais tensão e muito, mas muito mais medo. Lembro que todas as cenas dentro do teatro me fizeram tremer. Mas não era o primeiro filme, as brincadeiras não eram tão engraçadas, e a revelação da identidade do assassino não me fascinou, mas me decepcionou bastante.
Filme bom apesar de tudo, que eu revi mais umas dez vezes desde então.
Também não pude assistir a Pânico 3 no cinema. Não tinha idade, e isso me revoltava bastante. Eu queria ter idade pra ver o que eu quisesse, e como todo pré-adolescente, tudo o que eu queria era assistir a filmes de terror no escuro do cinema. Mas o encerramento da trilogia foi uma gigantesca decepção. Nada era tão legal. As mortes, as as vozes graves, Sidney, nada era interessante. Foi muito chato. A revisão fez o filme melhorar um pouco, mas não o aproxima em momento algum da qualidade dos primeiros, principalmente do original.
Depois disso, os filmes de terror adolescente adormeceram, saíram de moda, eu cresci, assisti a muitos filmes, enfim atingi a idade para ver os filmes de terror na sala escura, mas não tinha mais o "próximo Pânico".
Até hoje.
Amanhã estreia Pânico 4, o primeiro filme da série que poderei assistir no cinema. Engraçado que mesmo após a decepção do terceiro filme, e de ter falado algumas vezes que não estava muito afim, nessa quinta-feira o menino que se assustava com pessoas fantasiadas, que assistia a filmes sagrentos na sexta à tarde, o jovem Vitor dos anos 90 se encheu de saudade e expectativa. Mesmo que não seja bom, sempre vale à pena voltar a ser criança.
Pânico 

Pânico 2 

Pânico 3 

2 comments:
OLÁ VITOR.
SOU SEU MAIS NOVO SEGUIDOR.
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A CRÔNICA DESTA SEMANA É:
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UM ABRAÇÃO CARIOCA.
bom...não vi o primeiro no cinema, pois não dei muita bola na época..e nem sei se poderia pois eu só tinha 14 anos...o 3 e o terceiro eu vi..sua análise tá bem legal, dá uma saudade e lembro quando vi o anuncio de Panico 2 no jornal fui correndo chamar o Raphael que também esperava pelo filme...e mesmo nao gostando muito do terceiro filme, estou muito ansioso pa ver o quarto..o video de mauricio saldanha me deixou com vontade....nao pela critica dele porque o que ele faz qualquer pessoa pode fazer..nao precisa levar a análise dele a sério..o que gostei alí foi ver um fã de panico ter adorado o filme e ele também nao é fã do 3..muito ansioso e mesmo que eu não goste, valerá a pena..e ainda marcando pra ver com alguns amigos, os quas dois deles estavam comigo na sessão de Panico 3 há 11 anos atrás
saudades
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