Tuesday, January 01, 2013

Top 5: as maiores decepções de 2012

5. Valente, de Mark Andrews, Brenda Chapman e Steve Purcell
A Pixar começa a preocupar o público que aprendeu a esperar dela sempre o melhor. Após derrapar com Carros 2, esse Brave, apesar de não ser ruim, também está um pouco longe de convencer. O curioso é que o roteiro, bobinho, foi escrito a oito mãos, e desses quatro autores, três acabaram por dirigir o longa-metragem. Está provado que às vezes menos é mais.

4. Ruby Sparks: A Namorada Perfeita, de Jonathan Dayton e Valerie Faris
Com apenas um filme no currículo (o excelente Pequena Miss Sunshine), Dayton e Faris parecem ter achado que era hora de acariciar o ego inflado por prêmios e elogios ao longa anterior. Para tal missão contam com a ajuda de Zoe Kazan, a própria Ruby, na confecção de um roteiro que se esquece de desenvolver seus personagens satisfatoriamente mas que faz o trabalho direitinho quando precisa plantar simbologias tão óbvias quanto absurdas. A todo momento Ruby Sparks tenta gritar para o mundo a genialidade que os cineastas acreditam possuir, sendo representados na trama pelo seu protagonista, que parece se irritar com o rótulo de gênio que todos insistem em reafirmar, mas que na verdade ele em momento algum renega. É quase impossível achar o filme no meio de tanta pretensão.

3. Precisamos Falar Sobre o Kevin, de Lynne Ramsay
Um dos longas mais esquisitos do ano. Ramsay acredita existir uma diferença grande entre filme comercial e filme de festival e ao tentar a todo custo agradar a dois públicos distintos se esquece de fazer bom cinema. O resultado é uma aberração, uma obra que chega ao final sem ter ao menos ameaçado decolar. Sem falar que a obsessão da cineasta com o vermelho é mais do que comprometedora, chegando quase a agredir a inteligência do espectador pela sua obviedade.

2. O Vingador do Futuro, de Len Wiseman
O comum caso de refilmagem sem personalidade. Do clássico filme de Paul Verhoeven pouco sobrou. Na trama, foram feitas muitas alterações (sem Marte, sem Kuato) que em nada acrescentaram, além de diluir quase por completo o charme do longa estrelado por Schwarzenegger. O Douglas Quaid de Colin Farrell sofre com a falta de imaginação dos roteiristas, e as seqüências de ação são comprometidas pela direção de Wiseman, que abusa da câmera lenta (sem que nenhuma faça o menor sentido, vale dizer). Depois dessa, o que esperar do novo Robocop?

1. Prometheus, de Ridley Scott
Não tem nada mais dolorido para um fã de cinema do que decepção por promessas não cumpridas. Ridley Scott presenteia o espectador com pouco mais de uma hora perfeita em seu ritmo, construindo seus personagens de forma concisa, lançando perguntas e preparando o filme para um terceiro ato arrepiante. O problema é quando percebemos que as perguntas não serão respondidas aqui e que tudo não passou do terreno de preparação. Esperava-se bem mais da volta de Scott à ficção do que um longa aparentemente denso, mas feito claramente com o propósito de iniciar uma franquia.

3 comments:

Pereira "Moy Fat Lei" said...

Valente me decepcionou muito mesmo! A história foi ridícula.

Já Vingador do Futuro foi lamentável!

O filme precisamos falar sobre kevin, ouvi muitos elogios. Vou assistir.

Raquel Raposo said...

Eu não esperava muito de nenhum desses filmes, e vocês dizem que isso é bom, né? Rsrs...
Eu adoro o Precisamos falar sobre o Kevin!

Parando pra pensar hoje, não gosto nem um pouco esse novo Vingador do futuro. O primeiro é sensacional!!

Achei o Ruby Sparks muito chato!! Acho a cena dela descobrindo que é criação dele chatíssima.

Gosto do Valente, e o Prometheus é mais ou menos. Depois que conversamos sobre o filme não resolver as questões para fazer o segundo, fiquei um pouco decepcionada. O filme tinha que falar da criação do Alien e não ter mais nenhum depois desse porque já tem os Aliens.

joão said...

adoro Precisamos falar sobre o Kevin! e ruby spark

o vingador do futuro acho médio, mas não vi o original

Valente é simpático e só, mas bem melhor que carros 2

Prometheus eu não vi