Todd
Phillips já foi considerado um dos melhores diretores de comédia de sua
geração. Após ser o responsável por Caindo
na Estrada, Dias Incríveis e Starsky & Hutch, o cineasta
nova-iorquino esteve no caminho certo para se tornar um dos principais nomes do
gênero em Hollywood. Em 2009, ele dirigiu seu melhor filme, Se Beber, Não Case!, que rapidamente se
tornou um estrondoso sucesso, abrindo caminho para uma franquia. E foi aí que a
carreira de Phillips começou a desandar.
Se Beber, Não Case!
Parte II era um equívoco, apesar de inevitável. Um longa que
se aproveitava da estrutura narrativa vencedora do filme original (algo até
compreensível) para repetir gags. Phillips assinou o roteiro ao lado de Scot
Armstrong e Craig Mazin (o primeiro havia sido muito bem escrito por Jon Lucas
e Scott Moore), mas não conseguiu adicionar um pingo de novidade à sequencia da
comédia mais insana dos últimos anos, preferindo se ater ao que já tinha dado
certo antes, como se apenas transferir a narrativa de Las Vegas para Bangcoc
fosse suficiente para reduzir o gosto de comida requentada. E a Parte III vai pelo mesmo caminho,
reutilizando o que já tinha funcionado da primeira vez, sem notar que pouca gente
gosta de piada repetida.
Não
que seja tudo descaradamente idêntico aos dois primeiros filmes da série. Novamente
responsável pelo roteiro ao lado de Craig Mazin, Phillips tenta refrescar a
fórmula trazendo algumas novidades à trama. Entra na equação o mafioso Marshall,
vivido por John Goodman, que no início dá a impressão de que levará a narrativa
para um lugar interessante. Ele obriga os protagonistas a encontrarem Chow e o
levarem à sua presença. Rapidamente, porém, as situações começam a se repetir,
e o longa infelizmente volta ao caminho que julga mais seguro e bem-sucedido.
Ao
invés de remontarem a memória da noite anterior os três protagonistas precisam caçar
Chow, mas, estruturalmente, nada muda em relação aos outros dois exemplares da
série. A premissa é desculpa para a narrativa viajar por lugares diferentes e revisitar
personagens, sempre repetindo piadas que já se provaram bem-sucedidas antes.
Nessa onda de reespremer o primeiro filme e repetir situações, quem acaba
sofrendo mais em todo o longa é Alan, antes o membro mais carismático do Wolfpack,
agora transformado em protagonista de 90% das gags de Se Beber, Não Case! 3, ofuscando o resto do trio principal,
cansando o espectador, tirando toda a graça do personagem e fazendo da
composição de Zach Galifianakis mais ou menos como o que foi feito com a
indiscriminada exploração da imagem de Jack Sparrow nas sequencias de Piratas do Caribe.
Se
a segunda parte já era um erro, Se
Beber, Não Case! Parte III representa a completa estagnação de Todd
Phillips como realizador. Uma fórmula que já mostrava sinais de desgaste e
cansaço no filme anterior, e que dessa vez não vai além de um ou outro momento
realmente inspirado, como a cena da girafa, ou a rápida participação de Melissa
McCarthy. Muito pouco para nos poupar da vontade de tomar um "Boa noite,
Cinderela" e esquecermos o que acabamos de assistir.
The Hangover Part III, Todd Phillips, 2013 

2 comments:
Aumentou meia estrelinha?? rsrs...
Eu gostei do filme... Nada comparado ao primeiro, que eu acho muito bom, mas deu pra rir um pouco.
E você sabe que eu gosto um bocado do Chow e do Alan, não pelas piadas mas pela cara engraçada que eles têm.
gosto do primeiro e e menor grau do segundo. esse é mais ou menos
não acho muita graça em Zach Galifianakis
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